A dona do próprio passe

Posso te contar uma história?

Ainda lembro do vento que soprava da janela do segundo andar no prédio comercial em que eu trabalhava, lembro quando fechei a porta pela última vez e pensei: uma nova etapa vai começar.

Escrevendo esse texto enquanto aguardo a novela começar, pois somos apaixonados por histórias desde que o mundo é mundo, minha mente começa a resgatar memórias daquele dia, daquele ano de 2013, onde comecei uma nova jornada.

Eu tinha acabado de lançar o meu primeiro livro de crônicas e eu sabia que amava escrever e que isso bastava, sabe quando intuição diz que o caminho está certo? Pois, bem! Acredite na sua intuição, sempre. Comecei a direcionar a atenção para a minha intuição na terapia quando meu psicólogo disse: “quando temos uma certeza interior, devemos apostar nela”.

Como estava dizendo, caro leitor: eu tinha acabado de lançar meu primeiro livro de crônicas e queria passar a vida escrevendo e atuando. Escrevendo para todos os veículos e atuando nas peças de teatro da minha autoria. E acredite, nunca considerei isso algo impossível, criança mimada que fui, sempre acreditei no meu potencial. Mas sei que isso não acontece com todos. Temos nossas histórias pessoais e quando entendemos que tudo está lá na infância, o adulto que hoje pede passagem é um reflexo dela.

Então, antes de sair em busca do seu lugar que certamente o Universo abundante tem preparado para você, entenda que muitas vezes a nossa mente por pura proteção vai tentar te boicotar, te fazer procrastinar, tentar te manter ao máximo na sua zona de conforto. Converse com ela, diga que não há mais perigo, que você entende que ela quer te proteger e te fazer gastar o mínimo de energia possível, mas que você precisa seguir em frente.

Demorou um pouco para cair a ficha que dali para frente eu seria a dona do meu próprio passe e teria que fazer acontecer. Fazer acontecer compreende ir atrás das oportunidades, levar “não”, trabalhar muitas vezes com coisas que você nem ama tanto assim, mas que vai garantir seus boletos pagos.

Aos poucos eu fui entendendo que estar em movimento fazia parte de um jogo bem jogado, estratégico. E fui conversando com pessoas, trabalhando em agências de marketing promocional, entendendo como era um briefing, uma coordenação de campanha, relatórios. Em paralelo, também me movimentava no ambiente literário e fui conhecendo pessoas influentes, os imortais da Academia ribeirão-pretana de Artes e Letras, diretores de editoras. Até que em 2016, lancei o meu segundo livro e em 2019 aconteceu a estreia do meu monólogo baseado nesse segundo livro.

Trabalhando diretamente com cultura desde 2018, tive e tenho acesso aos mais variados métodos de escrita literária e persuasiva, pois para vender um curso, é preciso conhecer as dores e os desejos desse público também.

E foi assim, que comecei a ministrar oficinas de escrita criativa, mais uma forma de empreender fazendo o que amo, até cheguei também nas agências de marketing digital e produtores digitais.

Escrever é sempre um desafio estimulante, eu amo conhecer o mundo do cliente, estruturar o texto, escolher as palavras. Também gosto de pensar no público que estará na plateia assistindo minha peça ou lendo meus livros. Escrever é encantar.

Escrever o nosso futuro é ser a dona do próprio passe, por mais que pessoas tentem te dar conselhos, entenda que elas olham o mundo com as experiências de vida delas, portanto, o seu caminho é único, só você sabe o que diz a voz da intuição.

Juliana Sfair @sfairjuju
Redatora da RO1 Digital

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